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Empresas que fazem a diferença

O que é a Web3? Tudo sobre a nova era da internet

Você já ouviu falar de Web3? A Internet é um elemento em constante evolução, que já passou por várias transformações desde o seu aparecimento. 

Depois de uma web democrática, que trouxe o acesso à informação às massas, e de uma era voltada para a democratização social, surge agora a Web3. Ela inclui muitas das virtudes das suas antecessoras, mas com elementos disruptivos e revolucionários. 

Neste artigo você conhece esta nova era da Internet, as suas características e aplicações. Vamos nessa? Boa leitura!

A evolução da Internet: Web 1.0 e Web 2.0

Antes de explicar o que é Web3, que tal uma pequena viagem no tempo? Vamos entender o que antecedeu esta mudança e abriu caminho para a 3ª fase da Internet.

Web 1.0 – a democratização do acesso à informação

Quando a Web 1.0 surgiu no fim dos anos 80 e deixou de servir apenas às áreas militares e universitárias que a desenvolveram, chegando ao grande público, surgiu uma revolução tecnológica que dura até os dias atuais. 

A democratização do acesso à informação e a possibilidade de acessar todo o tipo de conteúdos de qualquer parte do mundo, com apenas alguns cliques, mudou para sempre a forma como vemos o mundo. 

Embora encantasse os seus utilizadores, a navegação na Internet era muito rudimentar, com páginas estáticas, pouca possibilidade de interação e uma produção de conteúdos centrada em um grupo restrito de portais, como o AOL e o IG. 

Web 2.0 –  o crescimento da interatividade social

Da necessidade de diversificar a produção de conteúdos, surgiu a Web 2.0. A partir daí, o utilizador deixou de ter um comportamento passivo para se tornar o maior criador de materiais online. Isso aconteceu por meio de blogs, chats, redes sociais, plataformas de vídeos e websites. 

Com a propagação desta nova era da web participativa e com maior interatividade social, possibilidade de pesquisa e consumo de conteúdo, a Internet popularizou-se e tornou-se um fenómeno mundial em grande escala. 

Neste momento, o recurso deixa de focar apenas aos utilizadores que procuram informações, para se tornar ambiente propício para empresas que queriam apresentar seus produtos e serviços. Ter presença online é, agora, obrigatório e parte da estratégia de qualquer empresa que queira ser bem-sucedida. 

A Internet passou a funcionar como uma grande vitrine para empresas que promovem os seus produtos e serviços, em um palco sem fronteiras, para uma audiência de biliões de pessoas. 

Mas tem mais! 

Desta era da Internet nasceu toda uma economia em torno da tecnologia, que deu origem a gigantes como a Apple, o Google, Amazon e Meta. Além disso, possibilitou a milhões de pessoas criarem fontes de rendimento individual, com plataformas como o Instagram, TikTok, Airbnb, Etsy, Uber, etc.

Conjuntura para uma nova era

Nos últimos anos, tornaram-se evidentes alguns dos principais problemas da Web 2.0. O escândalo da Cambridge Analytica expôs uma realidade assustadora em torno da recolha e tratamento de dados.

A centralização de informação na Internet permite a um pequeno conjunto de empresas extrair gratuitamente um número impressionante de dados da população que navega a Internet e utilizá-los, muitas vezes, de forma questionável.

Os ataques de hackers a plataformas do governo ou grupos empresariais, apropriando-se muitas vezes de informação sensível e dados confidenciais, nos mostra a vulnerabilidade da web atual e a necessidade de um sistema mais seguro e protegido. 

Para dar resposta a estas e outras necessidades, evoluímos para uma nova era: a da Web3.

O que é a Web3?

A Web3 é a nova fase da Internet, cujo conceito foi se desenvolvendo nos últimos anos e que agora ganha forma. 

Utilizando como base a tecnologia blockchain, um dos elementos inovadores e diferenciadores desta web é a utilização de inteligência artificial. 

Por meio do cruzamento de dados e machine learning, a Web3 permite criar uma experiência de uso mais personalizada e interativa, já que, para além de gerar e armazenar informações, as máquinas são capazes de as interpretar e personalizar em conjunto com os usuários a sua navegação. 

Como a tecnologia é descentralizada, existe um maior controle dos nossos dados pessoais. Isso significa que nenhuma empresa pode exercer poder digital sobre eles, como acontecia até agora. 

Eric Schimdt, ex-CEO do Google e importante figura da era Web 2.0, aponta este elemento como um importante diferenciador para a nova era da web, em entrevista à CNBC.

“Um novo modelo onde, como indivíduo [pode] controlar a sua identidade, e onde não tem um gestor centralizado, é algo muito poderoso. É muito sedutor e muito descentralizado. Lembro-me daquele sentimento, quando eu tinha 25 anos, de que descentralizado seria tudo”.

Esta web que funciona em código aberto e com total transparência, não necessita de intermediários. A tecnologia permite a circulação de moedas digitais não geridas pelo Estado (criptomoedas), aplicações descentralizadas (dApps), serviços de finanças descentralizados (DeFi), tokens não-fungíveis (NFTs), assim como o metaverso, que une o real ao virtual. 

3 conceitos-chave da Web3

Segundo o Canal Tech, existem três grandes conceitos que tornam esta nova web tão disruptiva em relação às duas anteriores:

  • descentralização: independência de bancos, órgãos governamentais, fronteiras democráticas ou tecnologias de empresas
  • privacidade: evitar a exposição de dados pessoais, o incômodo com rastreamento e publicidades direcionadas
  • virtualização: fortalecimento de mundos digitais e reprodução de experiências realísticas de modo virtual

O que a Web3 significa para as empresas?

A Web3 ainda dá os seus primeiros passos. Por isso, ainda é difícil entender, de forma geral, como vai moldar o mundo dos negócios. Basta olharmos para o passado e percebermos que no início da década de 2000, quando a Web 2.0 começou a se desenvolver, estaríamos longe de imaginar a sua evolução e como mudaria para sempre o panorama empresarial.

Podemos afirmar que, como a Web funcionará de forma mais aberta, essa característica é esperada, também, nos setores da indústria e negócios. Mas as possibilidades desta nova tecnologia são enormes.

Vai ser possível interagir com amigos e família em realidade virtual, ir a shows, jogos de futebol ou eventos sem sair de casa, por meio dos metaversos que estão em construção. A Samsung, a Nike e a Zara, por exemplo, já investiram no metaverso.

Na prática, essas empresas proporcionam aos consumidores uma experiência mais real com os seus produtos antes da compra. Em algumas lojas da Zara, por exemplo, o cliente pode acessar o metaverso e experimentar um produto ou ver um desfile com as peças que deseja comprar.

Como a Web3 utiliza a tecnologia blockchain, que é descentralizada e imutável, os dados inseridos nessa rede são permanentes e impossíveis de alterar. Isto significa que, por exemplo, as empresas vão ficar mais protegidas de ataques de hackers e quebras de segurança. Além disso, os dados dos clientes vão ter mais privacidade, já que podem permanecer anônimos se preferirem ou verificar a quem são enviados, uma vez que todas as transações são registradas.

Web3 e o Impacto Socioambiental

A Web3 ajuda, também, na implementação dos critérios ESG. Atualmente, já existem várias empresas criando produtos e serviços na Web3, focadas em ajudar outras empresas a gerar impacto socioambiental

Veja alguns desses exemplos e comece a aplicar os novos métodos Web3 na sua estratégia de sustentabilidade:

E (Ambiental)

  • A Moss utiliza a tecnologia blockchain para multiplicar a causa do E do ESG. Seu negócio tem, como objetivo, vender a empresas direitos de emitir CO2, utilizando essas verbas para financiar projetos de reflorestamento e preservação da Amazônia;
  • Já a Polen utiliza a blockchain para ajudar empresas a cumprir com as suas obrigações com resíduos sólidos e bens recicláveis ao recolher os itens, tonekiná-los e vender esses créditos às empresas;
  • Da mesma forma, a Detrash recolhe o lixo dos oceanos, tokeniza-os e vende os créditos a empresas que querem ajudar na preservação da vida marítima.

S (Social)

  • A Play4change utiliza jogos de celular para mudar realidades. A empresa ensina jovens de comunidades vulneráveis a jogar ‘play to earn’, jogos que dão dinheiro a quem os utiliza e, assim, conseguem ter rendimentos extra para viver;
  • Também focada em pessoas com poucos recursos financeiros, a Impact Plus oferece capacitação e mentorias na área de blockchain e web3, para que essas pessoas possam ter oportunidades de emprego nesse setor;
  • O Mercado Bitcoin utilizou a venda de NFTs de obras de arte para financiar projetos sociais.

Esolidar com ferramenta Web3

Na esolidar, também já estamos de olho nesta nova era da Internet. Por isso, nossa equipe tem dedicado esforços a desenvolver uma ferramenta em Web3 na blockchain Celo.

Atentos à evolução do setor, criamos esta funcionalidade para permitir que as organizações sociais criem campanhas online e recebam doações em criptomoeda de quem quer ajudar a sua causa, de forma segura e confiável. 

E o melhor? Fomos um dos dois grandes vencedores do Celo Camp, um acelerador de projetos Web3. Contamos tudo sobre a nossa participação e a nova ferramenta Web3 no nosso artigo do blog.

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