
Balanço de impacto social: retrospetiva 2021 & perspetivas para 2022
Mais um ano intenso chega ao fim. Em relação ao despertar da sociedade e das empresas para questões climáticas e sociais, gostamos de dizer que 2021 foi um ano para assimilar a necessidade de um novo posicionamento.
Os temas urgentes (e emergentes) assumiram os seus lugares de importância e muito se falou sobre ESG, ODS, avaliação de impacto social e o valor das parcerias com a comunidade circundante para a geração de um futuro sustentável e marcado pela ideia de valor partilhado.
Se em 2021 assimilamos a mudança, em 2022 é necessário agir. Mais do que nunca, caberá às organizações de diferentes segmentos e portes assumirem o seu papel de transformadoras de realidades. É hora de procurar soluções efetivas e ferramentas práticas que ajudem a tornar o balanço do impacto social do próximo ano ainda mais positivo e com resultados consistentes.
No artigo de hoje, separamos alguns highlights do ano de 2021: tópicos abordados, eventos que chamaram a atenção do mundo e empresas que tiveram atitudes positivas — e serviram de exemplo.
Além disso, reunimos algumas das nossas previsões para 2022 e as tendências que devem ditar o caminho para quem deseja gerar impacto social, neste novo ano.
Veja, a seguir, a nossa retrospetiva e tendências de impacto social!
Retrospetiva 2021
Vamos mergulhar juntos numa espécie de “túnel do tempo” para revisitar alguns dos temas que estiveram em alta no ano de 2021. Lembre-se que cada tema aqui abordado compreende uma série de outros temas. A nossa sugestão é que se inspire nesta retrospetiva e vá mais além, encontrando temáticas que dialoguem diretamente com a sua realidade — e com ensinamentos relacionados.
O ano do ESG
Se acompanha o blog da esolidar, sabe que os critérios ESG não surgiram só em 2021, mas é inegável que este foi o ano em que ganhou grandes proporções.
Em 2021, segundo o jornal brasileiro Folha, o termo atingiu o seu nível mais alto de procuras, dos últimos 16 anos. A procura foi 4 vezes superior ao volume de 2020 e 13 vezes maior do que em 2019. Impressionante, não acha?
O aumento do interesse pelo termo ESG tem relação direta com o aumento da relevância de empresas que adotam os 3 princípios (Ecoambiental, Social e de Governança) como bases para a condução da sua estratégia. Segundo o Pacto Global, uma pesquisa recente da PwC mostrou que, até 2025, 57% dos ativos europeus estarão alocados a fundos que têm o ESG como critério.
A urgência das questões ambientais
Os efeitos práticos da crise ambiental no nosso planeta já são de conhecimento público. É impossível ignorar que anos de exploração de matérias-primas e uso indiscriminado de recursos naturais geraram consequências sérias, sobretudo em países subdesenvolvidos, ainda explorados por grandes nações.
No entanto, 2021 foi palco da COP26, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em Glasgow, na Escócia.
O encontro reuniu líderes mundiais e trouxe, como temas principais, discussões sobre a:
- neutralização das emissões de gases nocivos até a metade deste século (2050);
- proteção das comunidades e os ecossistemas dos países afetados pelas mudanças climáticas;
- obtenção de fundos para financiar as duas primeiras metas;
- finalização da regulamentação do Acordo de Paris.
Na prática, o encontro que ocorreu entre os dias 1 e 12 de novembro, resultou num documento, intitulado “Pacto Climático de Glasgow”, assinado por 200 países.
Embora tenha tenha ajudado a chamar a atenção das nações sobre o papel que cada uma deve desempenhar na construção de um futuro ambientalmente sustentável — o que inclui o compromisso com a eliminação da desflorestação no mundo até 2030 e o corte de emissões de gás metano —, o documento ainda não responde às principais necessidades percebidas na Conferência. Não refere, por exemplo, ações relacionadas com a necessidade de proteção das comunidades mais afetadas pelas mudanças climáticas e nem o compromisso com a limitação do aquecimento global em 1,5ºC.
Perceba mais sobre a COP26 com o vídeo abaixo:
Parcerias potentes
Perante discussões urgentes, como as questões climáticas e o grave impacto da pandemia na sociedade, as grandes empresas e os grupos corporativos iniciaram movimentos de transformação.
Na base destes movimentos está, em muitos casos, a consciência de que a diversidade é um motor para a inovação. Assim, em 2021, vimos organizações como o Fundo Vale e o Açolab (laboratório de inovação da ArcelorMittal) dedicar esforços na consolidação de parcerias com startups ou empreendimentos sociais na chamada Inovação Aberta. O objetivo desta estratégia é encontrar soluções mais sustentáveis e otimizadas para processos internos e estimular o desenvolvimento de um ecossistema de impacto positivo na sociedade.
O Fundo Vale e o Açolab, aliás, foram casos abordados num webinar realizado pela esolidar em novembro de 2021. Veja o teaser desta conversa de impacto, abaixo:
Tendências para 2022
A seguir, vai poder ver algumas das apostas da esolidar para o ano de 2022. Estas temáticas devem ganhar ainda mais relevância e impulsionar a estratégia das empresas no novo ano, reforçando a importância de tomar decisões bem fundamentadas e direcionadas para resultados.
Investimentos conscientes e alinhados aos princípios ESG
Ao falarmos sobre ESG, compreendemos que o cenário atual pede um envolvimento profundo e verdadeiro das organizações com as causas ambientais e sociais. Ações pontuais e de assistência continuam a ter o seu valor, mas é importante começar a pensar em formas de tornar esta relação mais duradoura e promover a autonomia de quem recebe a ajuda.
Por esse motivo, uma das tendências de impacto social para 2022 diz respeito ao investimento social consciente. Empresas e governos continuam a ter a importante missão de auxiliar o desenvolvimento territorial sustentável. Mas como fazer isso de forma escalável e eficaz? É hora de refletir sobre isso!
A hora do empreendedorismo social
Em 2020 e 2021, a pandemia do coronavírus despertou nas pessoas um forte impulso solidário.
Se, por um lado, a cultura da doação fortaleceu-se neste período, por outro, muitos empreendedores perceberam que aliar lucro e propósito era um caminho efetivo para transformar o seu país.
Em 2022, o empreendedorismo social deve ganhar tração já que é um modelo de negócio que gera lucro, mas que se orienta essencialmente pelo propósito de solucionar necessidades económicas e socioambientais para ajudar a desenhar um futuro mais sustentável e alinhado às expectativas das novas gerações.
Foco no S de ESG: grandes oportunidades para o setor de RH
Internamente, as empresas estão perante uma grande oportunidade de evolução.
O indicador Social presente no S de ESG propõe uma revisão dos conceitos de diversidade, inclusão e equidade nas empresas. Além disso, convida a pensar de forma ampla, considerando novos grupos de foco e dando a vez (e voz) a minorias pouco valorizadas pelas organizações.
No próximo ano, os setores públicos e privados devem abrir os olhos para a criação de ambientes de trabalho mais humanizados e focados na verdadeira integração de pessoas.
Para refletir um pouco sobre o S e o G de ESG (já que a inclusão e equidade também são questões de Governança Corporativa) de uma forma mais profunda, deixamos uma frase, proferida por Vernã Myers, VP de Inclusão da Netflix. “Diversidade é convidar para a festa. Inclusão é chamar para dançar”. Um tema que com certeza, falaremos mais ao longo do próximo ano!
Medição de impacto social
Num ano de ação como 2022 promete ser, a atuação das empresas públicas e privadas deve basear-se em boas ferramentas de medição já que estamos a falar sobre ações intencionais, que procuram gerar impacto positivo na sociedade.
Como pode assumir um compromisso de agente de transformação quando não percebe ao certo qual é a transformação efetivamente gerada?
Felizmente, já é possível contar com parceiros especializados na medição de impacto social, aptos a relacionarem as ações da empresa com as 169 metas dos 17 ODS e a orientar a tomada de decisões mais estratégicas e assertivas rumo à construção de sociedades e comunidades sustentáveis, a longo prazo.
E por falar em medição de impacto…em 2021, a esolidar consolidou a sua parceria com a SEALL para oferecer, aos utilizadores da plataforma, um serviço completo voltado para a medição de impacto social.
Falamos sobre isso em detalhe num webinar exclusivo, que pode ver gratuitamente aqui:
Quero ver o webinar sobre Tecnologias para medir o Impacto Social!
Poder para as pessoas: parcerias focadas na comunidade
Na esolidar, acreditamos fortemente que o caminho mais proveitoso para a geração de impacto positivo é através de parcerias. A união de forças potencia os resultados e aproxima os atores envolvidos da transformação que querem gerar no mundo.
Quando falamos sobre mudanças sociais e desenvolvimento territorial sustentável, falamos, claro, de relações com a comunidade.
Em 2022, acreditamos no fortalecimento destas relações, que quando conduzidas de maneira estratégica, são excelentes caminhos para a geração de benefícios mútuos.
Através de Programas de Aceleração, por exemplo, as empresas atraem projetos e negócios sociais que fazem sentido com o seu DNA e ajudam ao seu desenvolvimento. Isto pode ser feito, por exemplo, com a partilha de conhecimentos em voluntariado de competências.
Se por um lado, a empresa ajuda a desenvolver projetos e negócios das comunidades circundantes, por outro:
- aproxima-se de potenciais parceiros;
- abre portas para o intercâmbio de tecnologias e processos;
- amplia o seu leque de potenciais colaboradores;
- fortalece a sua imagem institucional.
Em 2022, vai ouvir falar muito de Programas de Aceleração de Impacto Social. Se pensa em investir neste tipo de parceria que o ajuda a crescer, conte com a esolidar.
Na nossa plataforma, a sua empresa pode realizar Programas de Aceleração de início ao fim, de forma simples e integrada. Quer saber mais sobre essa funcionalidade? Agende uma conversa com a nossa equipa comercial e perceba como funciona!

