17082021-Blog-Post-ESG-Retorno-financeiro
Empresas que fazem a diferença

Como o ESG impacta o retorno financeiro da empresa

 

É possível avaliar o impacto da adesão aos critérios ESG no retorno financeiro das empresas? Com uma visita às principais publicações jornalísticas recentes, percebemos que esta relação está mais clara do que se possa imaginar. 

Prova disso é o recente estudo “ESG vs Financial Performance of Large Cap Firms”, publicado pela Refinitiv. A pesquisa recolhe e analisa dados de empresas de 4 grandes mercados (União Europeia, Estados Unidos, Austrália e Sudeste Asiático) para provar, por exemplo, que as correlações negativas entre as pontuações ESG e a volatilidade das ações mostram que empresas com pontuação ESG mais alta são, em média, menos arriscadas, e, portanto, atraem a atenção dos investidores, potencializando seu retorno financeiro. 

Ao longo deste artigo, você vai ver como publicações e estudos recentes ajudam a entender como as práticas ESG podem impactar no retorno financeiro das empresas e até mesmo contribuir para a sua sustentabilidade no longo prazo. 

O potencial do ESG no retorno financeiro

“A questão não é mais sobre ‘quando’, e sim sobre ‘como’”. Esta frase, dita no contexto da sustentabilidade pelo Ipsos, se encaixa também na aplicação da agenda ESG pelas empresas. 

E, se no início a abordagem das grandes gestoras de ativos do mundo se direcionava ao potencial de perdas das empresas que não adotavam os critérios Ambientais, Sociais e de Governança, agora, o foco está nos ganhos em potencial. 

A BlackRock, que tem 8 trilhões de dólares em ativos sob gestão foi a responsável pelo boom do ESG ao enviar uma carta para investidores reforçando a nova agenda. Recentemente, a empresa se posicionou novamente neste sentido. 

De acordo com a revista Exame, em um report do BlackRock Investment Institute (BII), braço de pesquisas econômicas da gestora, está a mensagem de que

 

a proteção ao meio ambiente, além de não atrapalhar em nada o desenvolvimento econômico, tem o potencial de gerar ganhos vultosos, da ordem de 25% ao ano.” — Exame

 

A mesma matéria mostra, ainda, a confirmação do que disse o estudo da Refinitiv, apontado na introdução deste artigo. Um levantamento recente do Deutsche Bank na indústria de fundos no mercado americano apontou que, “na média de três anos até abril de 2021, fundos com a temática da sustentabilidade apresentaram um retorno médio anualizado de 18,2%, superando a média de 15,5% de fundos sem relação com temas ESG no mesmo período.”

O novo olhar do mercado

A abertura de olhos para cada um dos elementos de ESG por parte das empresas se refletiu fortemente na maneira como estas são vistas pelos investidores. Estes estão cada vez mais atentos à ideia de desenvolvimento sustentável.

O resultado dessa convergência não poderia ser outro: retorno financeiro, desta vez focado na injeção de capital em investimentos de impacto positivo. 

Para esta matéria, da The Nature Conservancy, “como destaca Larry Fink, citando dados da Simfund, Broadridge e GBI, de janeiro a novembro de 2020, US$ 288 bilhões foram injetados em investimentos sustentáveis em todo o mundo. O montante representa um aumento de 96% em relação ao ano de 2019 inteiro,

Impressionante, não é? Mas como esse movimento pode ser percebido de dentro para fora na sua empresa? A seguir, você descobre. 

ESG e retorno financeiro: 4 caminhos para entender a relação

Os dados trazidos no tópico anterior não nos deixam mentir: a relação entre ESG e retorno financeiro existe e é inegável. 

Mas ainda podemos tornar esse entendimento mais simples. É o que faremos agora, traduzindo a ideia de retorno financeiro por ESG em 4 frentes na empresa, inspiradas neste artigo, publicado pela McKinsey: 

  1. Crescimento de receita;
  2. Redução de custos;
  3. Maior produtividade dos funcionários
  4. Otimização de recursos

A seguir, vemos cada uma delas com detalhes. 

1. Crescimento de receita

Expandir a atuação para novos mercados, fidelizar clientes e abrir portas para o investimento público. Estas são algumas das possibilidades — comprovadas em pesquisas — de crescimento de empresas que incorporam a agenda ESG ao negócio. 

De acordo com esta pesquisa, da McKinsey, 70% dos consumidores pagaria até 5% a mais por um produto se ele atendesse aos mesmos critérios que o seu concorrente, mas também apresentasse um compromisso sustentável. 

Da mesma forma, 44% das empresas já reconhecem que “oportunidades de negócio e crescimento de receita” são drivers de grande importância para o desenvolvimento de programas de sustentabilidade

2. Redução de custos

O investimento no S da ESG pode ter reflexos diretos na receita da empresa. Isso acontece na medida em que contribui para a redução de custos com turnover e contratação de colaboradores. De igual maneira, a atenção às questões trabalhistas e às necessidades dos funcionários e stakeholders impacta na diminuição dos custos processuais e de resolução de conflitos. 

Repensar processos produtivos, além de se relacionar com o E de ESG também reduz de forma significativa os gastos operacionais. Segundo a McKinsey, estes gastos (ligados ao consumo de matéria prima e de recursos naturais) refletem em até 60% dos lucros operacionais do negócio. 

3. Maior produtividade dos funcionários

Se você acompanha o blog da esolidar, sabe que somos defensores do engajamento do time através de ações de impacto social. Isso porque entendemos o quão decisivo pode ser o alinhamento de propósitos entre funcionários e empresa para a construção de jornadas verdadeiramente conectadas e orientadas para resultados. 

Resultados estes que, inclusive, se relacionam diretamente com o bem-estar no local de trabalho! De acordo com Alex Edmans, da London Business School, em seu estudo “The Link Between Job Satisfaction and Firm Value, with Implications for Corporate Social Responsibility”, empresas que figuraram na lista das “100 Melhores Empresas para Trabalhar” da Fortune geraram retornos de ações de 2,3% a 3,8% mais altos por ano do que seus pares em um horizonte superior a 25 anos.

4. Otimização de recursos

Empresas atentas aos critérios de ESG são capazes de vislumbrar oportunidades de direcionamento de recursos mais promissores e sustentáveis. É o caso da redução da emissão de carbono, do uso de energias renováveis, da adoção de processos produtivos menos nocivos ao meio ambiente etc. 

Além disso, a mesma avaliação ajuda as organizações a escaparem de investimentos com baixo retorno no curto prazo e grande potencial de dano ao meio ambiente.  Isso, além de impactar no retorno financeiro, também contribui negativamente para a reputação do negócio. 

Tudo pronto para começar a usar o ESG em favor do seu retorno financeiro? 

A cada dia, a relação entre ESG e retorno financeiro se torna mais clara. Caminhamos para um futuro no qual não investir em práticas sustentáveis deixa de ser uma opção para as empresas e se torna uma obrigação. 

Felizmente, os conceitos de ESG estão fortemente ligados à ideia de geração de valor compartilhado. Por isso, os impactos positivos da adoção de práticas Sociais, Ambientais e de Governança ressoam tanto externa quanto internamente nas organizações. 

É hora de abrir os olhos para a importância do ESG no seu retorno financeiro! E nós podemos te ajudar com isso. Assista gratuitamente ao nosso webinar “ESG: o mercado financeiro descobrindo valor em sustentabilidade e transparência”, em parceria com o Instituto GESC. Nele, você entende como grandes empresas do país já se reposicionaram em favor da agenda!

Share via
Copy link
Powered by Social Snap
Close Bitnami banner
Bitnami