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ESG e ODS: como combinar as temáticas e colocar a sua empresa no topo destas tendências

ESG e ODS são duas siglas que integram, cada vez mais, o vocabulário empresarial. No entanto, é comum as empresas confundirem e misturarem os conceitos, sem compreenderem que, na verdade, ambos se complementam, mas não são sinónimos. 

Ao longo deste artigo, vamos falar sobre a relevância destas temáticas para a sustentabilidade dos negócios, mostrar características singulares e plurais entre os conceitos e dar dicas para absorver o essencial do ESG e ODS e aplicar no DNA da sua empresa. 

Leitura rápida — aqui está um resumo do que vai poder ler com mais detalhe ao longo do artigo

  • ESG e ODS são termos estratégicos capazes de ditar o sucesso dos negócios a médio e longo prazo — as estatísticas confirmam isso mesmo!
  • A maioria dos ODS têm implicações em ESG; 
  • Embora sejam complementares, ESG e ODS são conceitos com origens distintas. Os ODS têm uma aplicação mais ampla, direcionada a toda a sociedade (empresas, pessoas, organizações sociais), enquanto os ESG estão direcionados para o ambiente empresarial;
  • O primeiro passo para incorporar ESG e ODS na rotina da sua empresa é reconhecer a importância destes temas e procurar caminhos para sintonizá-los com o propósito do seu negócio. 

ESG e ODS: mais do que siglas, bússolas para o sucesso dos negócios

Em 2021, as empresas que não discutem ou procuram caminhos para incorporar ESG e ODS às suas estratégias de negócio estão, literalmente, a ficar para trás. O que pode parecer uma afirmação apocalíptica é, na verdade, reflexo de tendências já fundamentadas nas pesquisas. 

O relatório “Strenght of Purpose”, do Grupo Zeno, mostra que 83% dos consumidores afirmam que as empresas só devem ter lucro se, também, produzirem impacto positivo.

Além disso, a EY Parthenon prevê que, em 2025, os consumidores vão preferir comprar sempre produtos ou serviços que sejam menos prejudiciais ao meio ambiente, à saúde humana e à sociedade.

Este mesmo estudo aponta que 90% dos investidores institucionais a nível mundial reconsideram os seus investimentos se as empresas não seguirem critérios ESG no seu modelo de negócios. 

Como as empresas percebem valor nos ESG e ODS?

Com a adoção da Agenda 2030 e a adesão de 193 países no movimento pela sustentabilidade global, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) têm sido incluídos em estratégias de negócios, desde 2015.  

Já o conceito da estratégia ESGEnvironmental, Social and Governance tem ficado cada vez mais popular à medida que os investidores dão sinais de que este é o principal critério de avaliação para investimentos e financiamentos. 

Em 2020, este movimento foi marcado pela publicação das cartas da BlackRock (a maior gestora de ativos do mundo) aos seus clientes (investidores) e aos executivos das empresas que recebem os investimentos. No documento, a BlackRock define a sustentabilidade como o mais recente e principal padrão para realizar os seus investimentos.

A partir desse momento, a ideia de ESG popularizou-se nos conselhos e direções administrativas, assim como o conceito de ODS e das suas metas globais. 

Mas como aplicar ESG e ODS, na prática? 

É preciso, sobretudo, compreender o fundamental dos conceitos. A partir daí, o objetivo deve ser torná-los intrínsecos à estratégia do negócio, de modo a serem compreendidos e experienciados horizontalmente na empresa. 

Vamos explicar mais sobre esta questão, nos próximos pontos do artigo. 

ESG e ODS são sinónimos? 

Não! ESG e ODS são conceitos complementares e fortemente interligados, mas com direções diferentes. 

O conceito de ESG está focado na conduta Ambiental, Social e de Governança de um fundo, empresa ou organização (incluindo as não governamentais. Mais à frente, vamos explicar como funciona o ESG para ONGs).

Em contrapartida, a ideia dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável vai além dos limites organizacionais. A proposta é que todo o planeta adote as práticas como um compromisso global, para o futuro.

Portugal está bastante empenhado na implementação das metas de ODS. No Sustainable Development Report 2021, desenvolvido pela Universidade de Cambridge para medir a implementação de todos os objetivos e metas, o país ocupa o 27º lugar do ranking global que analisa 165 países de todo o mundo.

Quando pensamos no posicionamento empresarial, é fácil perceber a sintonia entre os princípios dos ODS e da estratégia de ESG. Podemos até dizer que empresas orientadas pelas práticas da ESG incorporam, com mais facilidade, a contribuição com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável — e vice-versa. 

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ajudam as empresas a identificar as principais vulnerabilidades da sociedade, encaminharem os seus esforços e encontrarem grandes oportunidades para promover o impacto social através da aplicação de critérios e ações de ESG. 

Vejamos um esquema visual do estudo Investimento Responsável pela lente dos ODS, que relaciona os 17 ODS à estratégia de ESG para empresas e legisladores.

Como alinhar as diretrizes ESG e ODS para maximizar o impacto positivo gerado pela empresa? 

Agora que a ligação entre ESG e ODS está mais clara, vamos olhar para a gestão da sua empresa e refletir como pode incorporar estas temáticas de forma prática à rotina do seu negócio. 

Separamos 2 dicas principais para orientar a estratégia do negócio a favor do impacto social e  alinhá-lo às expectativas do mercado. 

Trabalhe a ideia de sustentabilidade na empresa

A primeira dica para incorporar as diretrizes ESG e ODS na empresa é pensar no que as duas temáticas têm em comum. A ideia de sustentabilidade.

Tanto os ODS como os princípios ESG visam a manutenção sustentável de estruturas, quer sejam sociais, ambientais ou organizacionais. 

Assim, é importante que a empresa se organize para trabalhar ações a longo prazo. Assim, permitem a criação de relações duradouras entre os participantes do processo.

Uma dica prática: Em vez de focar a sua responsabilidade social empresarial em ações pontuais e de assistência, desenvolva programas com duradouros, como o Programa de Aceleração de Impacto Social

Nesse modelo de atuação, a empresa desenvolve as comunidades à sua volta. Além disso, partilha competências através do voluntariado de competências, prepara pessoas para futuras contratações e ainda fortalece o seu posicionamento no mercado. Esta é a definição de valor partilhado, tema sobre o qual falaremos no próximo tópico.

Antes de continuar: que tal perceber um pouco mais sobre o voluntariado de competências com a ajuda de grandes especialistas no assunto? Veja gratuitamente o nosso webinar Voluntariado de Competências: Estratégia para ultrapassar os desafios da pandemia e gerar impacto social

Procure formas de criar valor partilhado

Ao sintonizar ESG e ODS e direcionar as ações da empresa para a sustentabilidade, abre-se uma porta estratégica: criar valor partilhado. 

Este conceito, popularizado por Michael Porter, defende a criação de ações que otimizem os processos da empresa, mas que, em simultâneo, desenvolvam a sociedade circundante e os stakeholders. 

“Não é algo que está na periferia do que a empresa faz, mas no seu centro”. Esta citação, presente no artigo Creating Shared Value, reflete como este conceito deve estar incorporado no DNA da empresa. 

A empresa estará no caminho certo para gerir ESG e ODS como ferramentas para o sucesso empresarial, se o foco estiver em ações que promovam valor partilhado.

Quer começar a  implementar ESG e ODS de forma prática na rotina da sua empresa? Faça download gratuito do nosso e-book Guia de Aplicação dos ODS nas empresas e dê já o primeiro passo!

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