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Impacto Social insustentável: práticas que deve evitar!

Que tal fazer um exercício? Quantas vezes ouviu termos como “ESG”, “Impacto Social” e “Responsabilidade Social” nos discursos das empresas? Outra questão. Quantas vezes viu essas empresas a demonstrar na prática que levam esses conceitos a sério? O famoso ditado “faz o que eu digo, não faças o que eu faço”, define muito bem a ideia de impacto social insustentável. 

No artigo de hoje, reunimos exemplos e hábitos que devem ser eliminados das práticas corporativas, de uma vez por todas. O objetivo é assegurar a promoção de iniciativas positivas, sustentáveis e verdadeiramente transformadoras nas organizações e na sociedade.

Prepare-se para ler sobre: 

Impacto Social insustentável: práticas a evitar 

  1. ESG Washing, Social Washing, Greenwashing…
  2. Muitos projetos iniciados, poucos finalizados
  3. Criação de relações de dependência entre a empresa e as iniciativas apoiadas

Como NÃO fazer impacto social? 

  1. Trabalhar sem intencionalidade
  2. Realizar projetos com foco nos investidores e não nos públicos de interesse
  3. Não transformar verdadeiramente a comunidade local

Boa leitura! 

Impacto Social insustentável: práticas que deve riscar da sua lista 

Se acompanha o nosso blog, sabe que lançamos um glossário de impacto social para empresas. Nele, reunimos termos que devem estar no radar de todas as empresas que querem incluir as agendas do momento no seu DNA.

Hoje, vamos fazer o movimento contrário. Aqui estão algumas práticas e conceitos que deve eliminar da sua rotina. 

Leia, aprenda e direcione os seus esforços da melhor maneira para nunca ter que passar por nenhuma destas situações na sua empresa!   

1- ESG Washing, Social Washing, Greenwashing…

É verdade, a agenda ESG sofreu um grande boom nos últimos anos. As gestoras de ativos posicionaram-se a favor de ações afirmativas em relação ao Ambiente, questões Sociais e à Governança Corporativa. 

Vejamos o exemplo do Brasil, onde o número de empresas que integram o índice de sustentabilidade (ISE) da B3, a bolsa de valores brasileira, aumentou consideravelmente. Para ter uma ideia, o total passou de 40 em 2021 para 46 em 2022, e a quantidade de setores subiu de 15 para 27.

A popularização do termo iniciou um forte movimento nas empresas para se adequarem a estas boas práticas. Enquanto este movimento de tomada de consciência e despertar promoveu a geração de impacto efetivo, a “corrida ESG” também agravou o cenário de “washing” e falsas ações positivas. 

O termo “washing” caracteriza a máscara utilizada por empresas e iniciativas que se dizem comprometidas com as agendas ambientais, sociais e de governança, mas que, na prática, não promovem nenhum tipo de impacto positivo. Esta estratégia funciona como um elemento mediático, mais relacionado ao marketing do negócio do que a verdadeiros esforços de mudança. 

Vejamos um exemplo prático destas ações

Em 2021, um estudo divulgado pela PwC Brasil, em parceria com o Instituto Brasileiro dos Auditores Independentes (Ibracon),  analisou relatórios de sustentabilidade divulgados em 2020 pelas companhias que fazem parte do Ibovespa. 

Conforme afirma  o estudo, das 81 companhias então cotadas na bolsa de valores, 78 foram analisadas na pesquisa. Destas, 67 emitiram esse tipo de relatório, mas só 30% desses documentos foram verificados em auditorias independentes. Outros 27% foram assegurados por assessorias ou por outros frameworks. A maioria (43%) não foi assegurada ou verificada por nenhuma instituição.

Embora esta situação faça parte do grande desafio da padronização de indicadores de impacto social e práticas ESG, a divulgação de informações imprecisas ou não verificadas pode ser classificada como ESG Washing — uma forma de gerar impacto social insustentável. 

Leia mais sobre Greenwashing para não cair nesse erro, na sua empresa! 

2- Muitos projetos iniciados, poucos terminados

Outra prática de impacto social insustentável é a de iniciar muitos projetos e concluir poucos (ou nenhum!). 

Esta prática, muitas vezes ligada a questões orçamentárias ou de indisponibilidade de mão de obra, traz consequências não apenas para o negócio (que deixa de cumprir metas e entregar resultados relacionados ao setor), mas também para as comunidades beneficiadas pelas iniciativas.

Quebra de confiança, descredibilização das intenções do negócio, perceção negativa sobre a marca, são algumas das consequências que as empresas que não tratam os seus projetos de impacto social como projetos, enfrentam. 

Pensar na estratégia de saída das iniciativas e assegurar que todas as ações têm começo, meio e fim, são passos essenciais para assegurar a credibilidade e a sustentabilidade dos projetos.

Não sabe como estruturar estratégias de saída para negócios de impacto sustentáveis? Leia o nosso artigo sobre o tema! 

3- Criação de relações de dependência entre a empresa e as iniciativas apoiadas

Outro hábito bastante comum nas empresas, e que contribui para a geração de impacto social insustentável, é a criação de relações de dependência entre a organização e as iniciativas apoiadas.

Isto acontece quando a organização não estrutura um projeto a pensar na autonomia e na aceleração das iniciativas apoiadas. Em vez disso, foca-se na cultura de doações e condiciona a operação do projeto ou iniciativa com a aquisição de bens, ou recursos da empresa. 

O que fazer para evitar essa situação? 

A solução é transformar a relação com os projetos e iniciativas. Em vez de trabalhar exclusivamente com doações e transferências financeiras, que tal estruturar um Programa de Aceleração de Impacto Social

Assim, é possível identificar falhas na gestão dos projetos apoiados, desenvolver competências nas iniciativas e prepará-las para guiarem, de forma autónoma, as suas iniciativas. 

Com o apoio de uma plataforma, como a esolidar, é possível colocar o Programa de Aceleração em prática de maneira integrada e simplificada. Numa só plataforma, pode criar e gerir o seu programa, de início ao fim. 

Veja, no vídeo abaixo, como funciona: 

Quer aprender ainda mais sobre estes temas? 

Veja a gravação do nosso webinar sobre Empresa e comunidade: empreendedorismo sustentável

Resumindo…como NÃO fazer impacto social? 

Até aqui, vimos como as empresas falham na gestão desta transformação e acabam por criar situações de impacto social insustentável. Neste artigo, apontamos, também, alguns caminhos e soluções para evitar esses obstáculos. 

Para finalizar, aqui está um resumo do que a sua empresa não deve fazer caso queira trabalhar o impacto social no core business do negócio.

Trabalhar sem intencionalidade

De acordo com a Aliança pelo Impacto, um negócio de impacto social caracteriza-se como “empreendimentos que têm a intenção clara de endereçar um problema socioambiental através da sua atividade principal (produto/serviço e/ou forma de operar). Atuam de acordo com a lógica de mercado, com um modelo de  negócio que procura retorno financeiro, e comprometem-se a medir o impacto que geram”.

Empresas que se dispõem a gerar impacto social nem sempre têm esse propósito como atividade principal. Ainda que atuem como parceiras ou mediadoras do impacto, precisam, inquestionavelmente, de trabalhar com intencionalidade.

Isso significa que, mais do que realizar ações de transformação positiva para cumprir protocolos, alcançar metas ou tornarem-se mais atrativas para os investidores, as empresas precisam atuar tendo consciência do seu potencial e do seu poder de influência. 

Realizar projetos com foco nos investidores e não nos públicos de interesse

Sim, práticas como esta são mais comuns do que se possa imaginar. Para ter uma ideia, um estudo do IBGE divulgado em março de 2020 mostrou que 59,4% das empresas que investem em responsabilidade social acreditam que o seu maior objetivo é melhorar a reputação institucional. 

E este é, certamente, um dos motivos pelos quais a agenda ESG é o foco de inúmeras reflexões. 

O facto é que, para promover impacto social de maneira sustentável e efetiva, é preciso investir em ações de sustentabilidade ou voltadas para o S (Social) do ESG, com o foco corrigido: em vez dos investidores, as empresas devem olhar, sobretudo, para seus colaboradores e para as comunidades circundantes.  

Não transformar verdadeiramente a comunidade local

“Endereçar um problema socioambiental”, conforme pontua a definição da Aliança para o Impacto, deve ser o grande objetivo das ações realizadas pelas empresas. 

Aprovação dos investidores, melhoria na reputação da marca e construção de uma imagem positiva devem ser consequências, e não metas, para iniciativas de impacto. 

É importante manter em mente que o desenvolvimento territorial sustentável é um caminho efetivo para a geração de valor partilhado. Ou seja: melhorar a comunidade circundante é um caminho certeiro para melhorar processos na empresa. 

Como ter um negócio sustentável?

Incorporar o mindset do impacto social no seu negócio e gerar valor partilhado pode ser um desafio. 

Mas nós estamos aqui para lhe mostrar que é possível adaptar-se às novas exigências do mercado e posicionar a empresa de dentro para fora, em 6 passos! 

Preencha o formulário e faça download gratuitamente do nosso e-book “Guia para ter um negócio sustentável”. 

O que vai encontrar neste material?

Passo a passo prático para estruturar a sustentabilidade na empresa (6 passos)

E mais:

— Análise sobre a agenda da sustentabilidade no mercado;

— Pesquisas e informações atuais sobre ESG e ODS;

— Benefícios de incorporar a sustentabilidade à estratégia do seu negócio;

— Desafios da implantação de práticas sustentáveis (e caminhos para superá-los); e

— Dicas de ferramentas para tornar a gestão sustentável integrada.

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