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8 passos para ajudar a sua empresa a entrar na Nova Economia

Estamos a viver um momento de mudança estrutural a nível económico. Com a proliferação da tecnologia e a transformação digital que está a acontecer, a forma como as empresas se organizam e funcionam mudou substancialmente e o foco é agora no consumidor e não apenas no lucro. 

É necessário que as empresas que ainda operam na Velha Economia, com processos e ideologias muito datados, se adaptem e incluam princípios desta nova era para poderem sobreviver e fazer crescer os seus negócios. 

Como? Veja os 8 passos que compilamos para ajudar a sua empresa a entrar na Nova Economia.

Velha economia e Nova Economia

Quando falamos de Velha Economia, estamos a descrever uma forma de funcionamento empresarial que teve o seu início nas primeiras décadas do século passado, quando a industrialização se difundia por todo o mundo.

Neste tipo de economia, que abarca setores mais tradicionais como a indústria e agricultura, a mecanização é favorecida em detrimento da inovação tecnológica e, ainda hoje, são utilizados processos que foram implementados há centenas de anos. 

O modelo de negócio é centralizado, chefiado hierarquicamente e concentrado numa produção em massa que visa o lucro e tem como foco o produto, num crescimento que acontece de forma linear, através do cumprimento de objetivos.

Na Velha Economia não há um grande incentivo à mudança e as preocupações ambientais e sociais não são, ainda, prioridade na maioria dos setores (o seu impacto no ambiente ou a qualidade das condições de trabalho são desvalorizados). 

Já o termo Nova Economia surgiu no início dos anos 90 da necessidade de descrever a transição estrutural de uma economia focada na indústria para outra centrada nos serviços e impulsionada pela tecnologia e inovação.

Este tipo de economia tem características muito diferentes da tradicional, com organizações menos hierarquizadas, mais autonomia no trabalho e a atenção focada no consumidor.

O mercado competitivo em que vivemos exige inovação, adaptabilidade e pessoas com talento e ideias para solucionarem problemas e manterem o negócio relevante e bem-sucedido. O conhecimento é o caminho para o progresso na Nova Economia e errar é visto como uma forma de aprendizagem, já que permite corrigir e melhorar a estratégia da empresa. 

A Responsabilidade Social ganha um papel importante, alinhada com as preocupações dos consumidores que estão agora no foco desta economia. As empresas procuram gerar impacto positivo na sociedade e ambiente e desenvolvem parcerias e estratégias de Marketing Verde e sustentabilidade.

A imagem abaixo, partilhada pela Escola Conquer, resume as principais diferenças entre a  velha e a nova economia.

Porque deve adotar os fundamentos da Nova Economia

A maioria das empresas atuais, já pratica alguns ou todos os fundamentos da Nova Economia. Mas existem ainda várias empresas antigas que funcionam de forma tradicional e sem grandes mudanças desde a sua criação. Se é um destes casos, é importante moldar-se a esta nova revolução industrial sob pena de ficar para trás e ser ultrapassado pela concorrência.

No mundo empresarial atual, adaptar-se é fulcral para sobreviver e não fazê-lo no tempo certo, pode ser mais grave do que possa imaginar. 

Vejamos o exemplo da Blockbuster, um gigante do aluguer de vídeos que reinou por todo o mundo na década de 90 e 2000, com mais de 9 mil lojas e lucros de 5,9 mil milhões de dólares. A empresa não se adaptou às tendências digitais do mercado a tempo, começou uma plataforma de aluguer online muito depois da concorrente Netflix, que ganhava cada vez mais notoriedade junto do público.  

O foco no lucro não os fez perceber que as taxas que cobravam por entregas tardias (e contavam para 16% da sua receita) eram demasiado altas e mal vistas pelos consumidores, que começaram a preferir alugar na concorrência, onde não existiam essas coimas e por uma pequena avença mensal, tinham acesso a vários filmes. 

A Blockbuster acabou por falir com uma dívida astronómica que culminou com o encerramento de todas as suas lojas, em 2010. O caso é, ainda, mais trágico, quando percebemos que a empresa teve a oportunidade de comprar a Netflix, que é agora a maior plataforma de streaming do mundo, e decidiu não o fazer. 

8 passos para ajudar a sua empresa a entrar na Nova Economia

As mudanças para a Nova Economia têm que ser implementadas na estrutura e cultura da sua empresa. Aqui estão 8 passos necessários para entrar na Nova Economia:

1. Ser um líder inovador

Em vez de ser um chefe que apenas dita ordens aos seus funcionários, deve ser um líder inovador que aprende com os desafios que vai superando e consegue motivar a sua equipa para alcançar mais e melhor.

2. Foco no consumidor

O consumidor deve ser o centro da sua empresa e as suas opiniões e necessidades devem guiar o caminho estratégico e as decisões dos seus produtos ou serviços.

3. Escolher o talento certo

Deve escolher as pessoas que demonstram ter o talento e mindset alinhados com a sua cultura, que o vão ajudar a crescer e trabalhem para o mesmo propósito. Só com as pessoas certas poderá atingir o seu potencial máximo. É importante, também, oferecer boas condições e um ambiente de trabalho positivo que vai de encontro às necessidades dos trabalhadores. Isto vai ajudar na retenção de talento e servir como atrativo para novos candidatos.

Veja aqui as nossas dicas para captação de talentos com impacto social!

4. Fomentar a troca de opiniões

Nesta Nova Economia é importante ter abertura para ouvir todas as opiniões, sejam partilhadas por altos cargos ou pelo estagiário. Fomentar a partilha de ideias é uma forma de tornar a sua empresa mais participativa e unida e desmoronar a hierarquia estruturada, criando um ambiente favorável ao aparecimento de boas ideias e soluções inovadoras para problemas. 

5. Tecnologia e inovação

A tecnologia deu o mote a esta revolução industrial e é a base para fazer a sua empresa crescer e solucionar desafios que possam surgir. A inovação é o fator principal de medição de crescimento na Nova Economia e vai ajudar a melhorar processos, ganhar mais competitividade e inovar nos produtos, serviços e estratégias para o futuro.

E por falar em inovação, que tal ver o Webinar Inovação para o Impacto Social, com insights valiosos das empresas brasileiras Fundo Vale e Açolab? O acesso é rápido e gratuito!

6. Cooperação é fundamental

A ênfase das empresas da Nova Economia não é na competitividade, mas na criação de conexões e parcerias relevantes (mesmo com concorrentes) para gerar sinergias e fomentar a cooperação e a aprendizagem com a troca de experiências, para benefício do todos.

Reflita sobre a importância das parcerias entre ONGs e empresas com o nosso artigo sobre o assunto!

7. Qualidade de serviço

Com consumidores cada vez mais exigentes é necessário oferecer um serviço de qualidade em todas as fases da compra. A experiência oferecida ao consumidor é muito importante e deve ser o mais positiva possível para gerar bom feedback e imagem da marca.

8. Gerar impacto

Gerar impacto positivo no mundo é um dos fundamentos mais disruptivos da Nova Economia.

Os produtos e serviços são criados para melhorar a qualidade de vida dos consumidores, as questões sociais e ambientais ganham relevo nas iniciativas de Responsabilidade Social ou estratégia de sustentabilidade da própria empresa e a transparência e responsabilização são requisitos fundamentais do negócio. Pode conseguir certificações como as normas ISOs e B-Corp para alinhar o seu negócio com estas práticas e procurar o lucro de forma responsável.

Nova economia: um catalisador de mudança

Um dos traços mais revolucionários da Nova Economia é, de facto, ser um catalisador de mudança para um mundo melhor e funcionar como um despertar de consciências para questões sociais e ambientais, até aqui muito desvalorizadas. 

As empresas estão cada vez mais comprometidas com as suas iniciativas de Responsabilidade Social e integram esta forma de pensar nas práticas do seu dia-a-dia. Muitos negócios nascem já alicerçados nestas preocupações e são construídos com intenção de gerar impacto social desde o primeiro dia.

Para além dos benefícios que se refletem na sociedade e meio-ambiente, estas empresas conseguem, também, maior retorno financeiro, retenção de talento e maior interesse por parte de investidores. 

Quer saber como pode gerar impacto na comunidade com a sua empresa? Assista ao nosso webinar Empresa e comunidade: empreendedorismo sustentável para aprender com as dicas e experiências de especialistas.

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