Fala de Impacto #5 com a CLDS-4G Vila Verde sobre Inclusão Social e Diversidade
Sua empresa tem uma estratégia de Inclusão Social e Diversidade? Com a implementação de boas práticas nesta área, é possível ter mais experiências e perspectivas, conseguir melhores resultados e atrair e reter talentos. E isso, é claro, tem reflexos no aumento da produtividade e na inovação.
Hoje, vamos desmistificar este tema com a participação dos nossos convidados da CLDS-4G Vila Verde. Maria João Pereira e Paulo Guimarães, os fundadores do projeto, ajudam a entender como as empresas devem trabalhar estas questões. Além disso, eles compartilham exemplos e o know-how de uma organização que trabalha diariamente a diversidade e inclusão social.
Quem Fala de Impacto hoje é a CLDS-4G Vila Verde
A CLDS-4G Vila Verde é um projeto que pretende ser um instrumento de combate à exclusão social.
Baseado em uma intervenção de proximidade realizada através de ações executadas com parceiros locais, a CLDS-4G Vila Verde potencializa a empregabilidade individual e a integração profissional, social e pessoal da população residente em Vila Verde, uma região no Norte de Portugal.
O Plano de Ação do CLDS-4G Vila Verde está alinhado com as ações desenvolvidas no primeiro eixo de intervenção (Eixo 1: emprego, formação e qualificação) do regulamento específico de Contratos Locais de Desenvolvimento Social (4.ª geração) e Portugal.
Ficou curioso? Leia, agora, a entrevista aos nossos convidados sobre Inclusão Social e Diversidade
1- Como caracteriza o mercado de trabalho em relação à diversidade e inclusão social?
CLDS-4G Vila Verde: Na nossa opinião, em geral, o mercado tem falta de visão e sensibilidade para a inclusão, está muito centrado no lucro. A maioria das empresas só agora começa a perceber que tem de trabalhar a sua responsabilidade social, bem como as questões da sustentabilidade.
Não podem continuar na lógica do lucro imediato, têm de dar a sua contribuição à comunidade para haver um verdadeiro reconhecimento e também desenvolvimento. Só valorizando os seus recursos humanos presentes e futuros é que confirma a sua credibilidade no mercado.
2- Por que as empresas devem trabalhar a diversidade e inclusão social? Que benefícios podem trazer para o seu funcionamento?
CLDS-4G Vila Verde: Se pensarmos em uma empresa que aposta no trabalho em equipes multidisciplinares, consegue-se produzir com maior eficácia e eficiência.
Só assim é uma empresa original, criativa e com relevância no mercado.
A diversidade permite a discussão de ideias e, por consequência, reflete-se no progresso e na inovação. Por seu lado, uma empresa inclusiva responde à missão implícita de cada organização, que é estar presente e ser necessária à comunidade.
3- Que tipo de iniciativas as empresas podem organizar para ajudar na contratação de jovens à procura do 1º emprego ou de minorias sociais?
CLDS-4G Vila Verde: Algumas iniciativas são:
- Programas de integração e de voluntariado;
- criação de parcerias com escolas profissionais;
- promover estágios profissionais;
- estágios de verão;
- projetos de formação, entre outras.
4- O que pode ser feito para as empresas contratarem mais pessoas com deficiência para os seus quadros? Podem dar algum exemplo de iniciativas realizadas na organização?
CLDS-4G Vila Verde: No final do ano passado, participamos de uma iniciativa da Câmara Municipal. Nela, em conjunto, foi criado o Selo para empresas e entidades inclusivas.
Nesta mesma cerimônia de divulgação, passamos um vídeo em que os intervenientes, através de uma estratégia de autopromoção, apelavam à sensibilidade dos empresários para conseguirem emprego. Esta iniciativa correu muito bem: de 6 depoimentos, conseguimos empregar 3 pessoas com limitações.
No âmbito da nossa experiência, este tipo de iniciativas é muito rico para “conquistar” os empresários e elucidá-los para as medidas de apoio ao emprego inclusivo.
Nas pequenas e médias empresas há uma grande desinformação sobre as vantagens destas medidas e de contratar estas pessoas.
5- Como incorporar a inclusão social da melhor forma na cultura da empresa para não ser capacitista com os seus colaboradores com deficiência ou desrespeitosa com minorias?
CLDS-4G Vila Verde: Em primeiro lugar, apresentar aos colaboradores a filosofia da empresa, que deverá estar presente no manual de acolhimento. Estas situações devem estar versadas no mesmo, deixando claras “sanções”, ou não conformidades, pelo seu incumprimento.
Depois, é acompanhar e vivenciar o dia-a-dia na empresa, para entender quais os espaços e iniciativas a realizar para promover a interação entre os colaboradores, tentando sensibilizá-los para estas questões e/ou corrigir comportamentos de exclusão.
Conheça mais casos práticos de Inclusão e Diversidade
Com o impacto da pandemia, muitas organizações passaram a dar mais atenção e a investir em questões relacionadas com o S (Social) do ESG. Assim, mostraram que é possível aliar o lucro ao propósito social.
Embora ainda longe de ser transversal a todas as empresas, esta mudança ajuda a aumentar o número de empresas que trabalha políticas de inclusão, diversidade e apoio à comunidade.
Assista ao nosso webinar S do ESG— Desafios e Práticas, com Salomão Cunha Lima, Consultor de Diversidade e Inclusão e Head de Relações Institucionais no Instituto da Oportunidade Social, e Paloma Capanema, Gerente de ESG do Grupo Boticário, para conhecer alguns exemplos e vivências de cada um no tema.