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Empresas que fazem a diferença

Tendências em Responsabilidade Social pós Pandemia

O ano de 2020 ficará marcado na história como um ano de profundas mudanças. Devido à pandemia do Covid-19, que assolou todos os países do mundo e afetou de forma dramática a economia mundial, as pessoas tiveram que se adaptar a uma nova realidade e a aprender a viver condicionadas pelas limitações impostas por este vírus. 

As empresas foram, também, bastante afetadas pelos longos confinamentos obrigatórios, pela transformação na sociedade e pela forma como agora interagimos e vivemos. Aquelas que conseguiram sobreviver aos primeiros meses de pandemia tiveram que se adaptar e alterar a forma como atuam, muitas vezes, repensando partes vitais da empresa, como o seu público-alvo e posicionamento ou, até, criando novos produtos para suprir necessidades atuais. 

O novo cenário empresarial

Neste momento, as empresas enfrentam vários riscos estratégicos e operacionais, desde o aumento de custos e diminuição das vendas, atrasos ou interrupções de fornecimento das matérias-primas, problemas logísticos, de exportação e importação dos produtos, problemas com a segurança e saúde dos trabalhadores e mudanças na procura dos produtos no mercado.

Como a pandemia apanhou todos de surpresa, não houve um período de adaptação a esta nova realidade e as empresas tiveram que agir rapidamente, reorganizando a gestão de infraestrutura da empresa, procurando garantir a sua subsistência e a segurança dos seus trabalhadores. Muitos foram obrigados a recorrer a ferramentas tecnológicas e mudar para um modelo de trabalho online, flexibilizando os horários de trabalho e criando novas formas de gerir os seus trabalhadores. 

Foi, também, necessário repensar o próprio negócio e gerir de forma mais eficiente os recursos disponíveis, cortando nos custos operacionais e, quando necessário, reinventando os produtos e serviços que prestam à sociedade para colmatar as necessidades do momento de pandemia.

Porque as empresas devem apostar na Responsabilidade Social durante a após a Pandemia

Embora este cenário já seja bastante preocupante, sabemos que os próximos anos serão ainda mais difíceis já que se aproxima uma grave crise econômica, com grandes carências sociais. 

A responsabilidade social faz cada vez mais sentido e ganha urgência com a iminente recessão econômica. É necessário ir de encontro às necessidades que a sociedade agora tem e posicionar as ações de responsabilidade social nesse sentido.

Valores antes moldados pelo individualismo, concorrência desmedida e consumo já não fazem sentido e dão lugar a valores que privilegiam o coletivo e bem da sociedade para que se possam minimizar os efeitos desta pandemia e unirmo-nos por um bem comum. A pandemia acentuou a importância do coletivo e da consciência global na ajuda a questões relacionadas com as pessoas e o meio ambiente e derrubou a noção do lucro se sobrepor a esses valores.

Tendências em Responsabilidade Social pós Pandemia

Esta enorme mudança na vida das pessoas trouxe, também, novas preocupações. A empresas devem adaptar as suas ações de responsabilidade social ao momento em que vivemos e ir de encontro às expectativas e necessidades da sociedade.

Vejamos as 4 principais tendências em responsabilidade social pós pandemia.

  • Preocupar-se com o bem-estar físico e mental dos trabalhadores

Neste momento de pandemia é importante tomar medidas para assegurar que os trabalhos são realizados de forma segura e adequada.

É essencial apostar em condições de trabalho flexíveis, com suporte a tecnologia e trabalho à distância ⏤ quando possível ⏤ para evitar o contágio e a propagação do vírus; monitorizar de forma confidencial a saúde e bem-estar dos funcionários e garantir que são disponibilizadas ferramentas para superar estes momentos de maior stress, incerteza e reclusão social.

Quando os funcionários cumprem as suas funções presencialmente, as empresas devem assegurar a segurança dos ambientes de trabalho, com limpezas e desinfecções, seguindo as normas da Direção Geral de Saúde, para minimizar todos os riscos de contágio.

  • Envolvimento do funcionário na criação de ações de Responsabilidade Social 

Outra tendência é a de encorajar um maior envolvimento dos funcionários na criação de ações de responsabilidade social das empresas e integrá-lo como participante de tomadas de decisão, independentemente do seu nível hierárquico. Isto pode, não só ajudá-lo a sentir-se uma peça importante da empresa, como a ganhar um maior propósito, tão importantes para a saúde mental em tempos de confinamento e reclusão social.

Os funcionários podem, assim, expressar o seu interesse pelas causas sociais ou ambientais que preferem e ajudar a ajustar a estratégia de responsabilidade social da empresa às expectativas da comunidade. 

De igual forma, podem envolver-se de forma mais direta nas ações de ajuda, através, por exemplo, da multiplicação de donativos: uma prática em que o valor doado pelos funcionários ou comunidade é multiplicado pela empresa, que doa um valor igual ou semelhante; ou da oferta de vouchers de donativos: quando a empresa oferece um voucher aos seus trabalhadores e estes escolhem a causa social que deve receber esse valor. Duas funcionalidades disponíveis para empresas na eSolidar.

  • Apoio a causas estruturalistas

Com a nuvem do Covid-19 a pairar diariamente sob as nossas cabeças, é impossível não focar as ações de responsabilidade social em causas sociais estruturalistas como a saúde, educação, desenvolvimento sustentável, direitos humanos e valorização da ciência. 

A pandemia não só parou o mundo, como evidenciou algumas feridas sociais até agora desvalorizadas. Quando foram declarados períodos de confinamento e os trabalhadores tiveram que cessar as suas funções, a economia parou. Percebemos que as pessoas são realmente o motor gerador de riqueza e que é fundamental apostar em questões como a saúde e a educação para as proteger e valorizar.

Da mesma forma, é fácil compreender que a pandemia teve um maior impacto em alguns grupos sociais mais vulneráveis que ficaram a trabalhar em condições pouco seguras e mais expostos ao vírus ou viram a sua subsistência ameaçada quando deixaram de poder trabalhar, sem recursos financeiros para pagar as suas despesas e se alimentarem. 

Criar ações de responsabilidade social que vão de encontro a esta emergência social e que possibilitem a criação de ferramentas para os ajudar no futuro, garantir condições dignas de trabalho e reduzir as desigualdades, é essencial neste momento de crise, da mesma forma que se deve apostar em ações que valorizem a ciência para ajudar na busca por uma cura e em medidas que impeçam uma nova vaga da pandemia.

  • Investimento em Marketing Social

A pandemia mudou a forma como as empresas comunicam, focada mais em fortalecer a marca e investir no marketing social do que propriamente no objetivo capitalista de apenas vender. É importante comunicar que a sua empresa faz parte da mudança e quer melhorar os problemas da sociedade e não é apenas uma organização em busca de consumidores para os seus serviço ou produtos.

As pessoas estão mais atentas a questões sociais e com propósito e procuram empresas que respondam a essas necessidades e desempenhem um papel de agente social transformador que põe em prática ações de em resposta à crise financeira e social gerada pelo Covid-19.  

Para o ajudar a planear as suas ações de responsabilidade social, assista ao webinar  Investimento Social Pós Pandemia da eSolidar e do Instituto GESC.

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